quarta-feira, setembro 29, 2010

A arte da perserverança

Talvez seja a primeira coisa que faz um jovem casal perceber que a lua-de-mel acabou. Pode começar com a escolha do dvd, ou com a compra da máquina de lavar.  Não é somente discordar da preferência do outro, mas defender obstinadamente os seus princípios, a idéia de que a verdade está com você, e ninguém tasca.  Quando é ela que insiste no seu ponto de vista isso se chama perseverança, mas se é ele que não quer mudar de opinião o defeito atende pelo nome de teimosia. Espero que não tenham pensado que eu fosse ser justa com o lado masculino.

Eu e meu marido brigamos sábado passado  porque ele queria comer na sala, e eu na cozinha. Da mais simples e irrisória vontade de estar num lugar e não no outro passamos para um mar de acusações e injúrias. Pode ser o trabalho, o trânsito, a noite mal dormida, o tempo, o período do mês. Não importa. A ordem dos fatores não altera o resultado. É aquele estado em que você pede encarecidamente para não ser contrariada. Basta um se mostrar firme em suas decisões e outro não ceder que a tormenta está formada.

Se fosse crítica de cinema e tivesse visto aquela cena, teria somente uma palavra para descrever o filme: patético. Felizmente nossa intimidade só é mostrada nesse blog. Não é o que acontece com a família do meu esposo. Toda a roupa suja não é só lavada em público, como também passada, engomada e guardada. Abre parêntese, que prazer poder usar isso de vez em quando, fecha parêntese. Sobre ser perseverante, é notória a história de uma tia que continua casada só pelo simples fato discordar do marido. E para provar que há razão precisa colher a oportunidade certa. Assim, passam-se os anos à espera que ele cometa aquele o ato falho para se encontrar satisfeita e vitoriosa.

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