sexta-feira, maio 13, 2011

A vida social do pequeno Taz


O baile de debutante acontece com o aniversário do primeiro aninho e você mergulha no universo das festas infantis. Faz da escolha da decoração, convites e lembrancinhas uma decisão que mudará para a sempre o destino do seu filho.  “Hum... circo, não. Muito óbvio.  Zôo, minha prima já fez o mês passado. Cars, talvez...” só perceberá que todo o esforço não será recompensado no dia quando ao pequeno todo aquele furdunço dará um imenso tédio a ponto de dormir na hora do parabéns,  ou um estresse pavoroso que fará os convidados se sentirem num show de rock pauleira com as gritos do calundu. Ou então como o Taz que ficou literalmente cagando e andando para toda aquela gente depois de meter a mãozinha em muitos, muitos docinhos.

Mas a verdadeira entrada na sociedade se dá quando o bebê já consciente da existência de outras criaturinhas como ele começa a frequentar a parquinhos, playground e jardins de infância. É a sua estreia no convívio social e na arte de estabelecer amizades. Para as mamães também é uma experiência nova e a primeira regra que aprende quando sai com o seu filhinho para brincar é que toda aquela mocofaia que carrega - bola, carrinho, baldinho, pazinha, peixinhos - não lhe provocará o menor interesse: O que lhe dará mais prazer serão os brinquedos das outras crianças. Aqui a grama do vizinho é mais verde, e não é só porque é sintética.

A segunda regra é uma consequência da primeira. Como os joguinhos alheios são sempre mais divertidos que os seus, isso poderá significar de vez em quando uma apropriação indébita.

- Cadê o golfinho do Taz que tava aqui?
- Eu não vi. - responde a garotinha de olhos furtivos.
- Era um golfinho azul que ele adora.
- Acho que você perdeu...
- Ah sim?
- ...e nunca mais vai encontrar.

A terceira regra que você jamais esquecerá é que aventureiros como o pequenoTaz estão sempre a procura de objetos estranhos. Quando encontram podem vir saltitante pra você e gritar “Mamãe, mamãe”, e te tascar na mão um frio, gosmento e asqueroso caracol de lesma. Ou simplesmente carregar por todo o tempo aquele pequeno tesouro que você imagina ser uma inocente pedrinha e só final do passeio descobre que é um cocô seco de cachorro.

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