segunda-feira, janeiro 31, 2011

Do terror ao triunfo em 30 segundos

 (Desconfiada)
- Que silêncio! Taz onde você está?
(Aterrorizada)
- Ai meu Deus! Como você subiu aí menino?
- Non, non!
(Cautelosa)
- Essa mesa longa é pra caber a família toda, não pra marchar sobre ela. Fica quietinho que vou te pegar.
- Non, non!
(Agoniada)
- Paradinho. Mais um passo e seus 80 cm de travessuras esborracham no chão.
- Non, non!
(Trapaceira)
- Vamos brincar de quebrar as teclas do computador?
- Non, non!
(Falsa)
- A mamãe não tá zangada com o vexame de ontem. Só porque você apontou com seu dedinho pro copinho de café que ela tinha acabado deixar disfarçadamente na prateleira do macarrão e gritou: Mamaiê, mamaiê!!
- Non, non!
(Negociadora)
- É verdade e se você quiser pode ficar todas as noites acordado até às duas da madrugada assistindo Peppa Pig.
(Triunfante)
- Te peguei pestinha!
- Não me olhe assim. Deve aprender a não acreditar em tudo que as mulheres falam.
- Non, non.
- E tem mais, será um segredo só nosso. O papai não pode saber dessa aventura.
- Non, non!
- Já começou com a solidariedade masculina?

sexta-feira, janeiro 28, 2011

No tempo do beijo




Já passou pela experiência de sonhar com um brilho vindo de longe? É um clarão que te atrai para um túnel sem fim. Aconteceu comigo e quase, quase ouvi uma voz me chamando: Venha pra a luz! Mas acordei e dei de cara com a televisão do quarto ligada. Era de madrugada, e o maridofe, sem sono, seguia atentamente um programa de televisão. Adivinhe qual?

-      BBB!
-      Não, tá frio!
-      Fala que eu te escuto!
-      Ih, gelou.
-      Só pode ser um filminho de sacanagem.

Ficou morno, por um fio acertava. Era o Sex Therapy. Uma doutora prometia resolver todos os problemas do casal com um simples conselho. Você deve beijar o seu companheiro (a) por um minuto pelo menos três vezes ao dia. Juro por todos os santinhos que essa flor eu não colhi em nenhum dos campos férteis da minha imaginação. Sei dos meus limites, e não iria tão longe com o embuste.

Alguém está gritando. Lá vem ela com a esculhambação. Calma. O conselho é bem simpático, mas parece tão convincente quanto aquelas publicidades se você ligar agora levará não 1 mas 15 cremes Alisa Derm. E cá entre nós, depois de alguns anos de casamento o beijo durante o dia é só uma extensão do cumprimento. Oi! Smack! Tchau! Smack!  E à noite é a senha pra furunfar. Você tasca e ele Oba, hoje tem!

Para minha total estranheza, o maridofe quis pôr em prática a sugestão. Na manhã seguinte, na hora de se despedir.
            - O que você acha? Poderíamos tentar.
            - Se você quiser.
            - Então tá, sessenta segundos e depois vou trabalhar.
- Pode vir que eu tou pronta.
- Mmmmmmmmmmmmm!!

Um, dois, três, quatro...
            - Com a língua caramba!
            - Desculpa, desculpa, vamos lá, de novo.
            - Mmmmmmmmmmmmm!!! Slurp, slurp!
Aqui passamos para a esfera do pensamento:
- (Acho que ouvi o pequeno Taz chorar).
 - Mmmmmmmmmmmmm!!! Slurp, slurp!
- (Não posso esquecer de encher o tanque do carro).
-  Mmmmmmmmmmmmm!!! Slurp, slurp!
- (Será que já deu 1 minuto?)
- Mmmmmmmmmmmmm!!! Slurp, slurp!
            - Que foi? Ainda faltam vinte segundos.
            - Tudo isso? 
- Da próxima vez, coloco um reloginho.
            - Ok!
            - Tchau, tô atrasado!
  - Smack!

quarta-feira, janeiro 26, 2011

Como se briga entre países



- Amore mio, perché tá chorando.
- Você falou uma coisa horrível quando estávamos discutindo.
- Que cosa amore?
- Vai a cagare!
- Oh, tesoro. Qui in Itália è normale o marito mandá a mulher a cagare.
- Mas é desagradável!
- Que posso fare?
- Não tem outra maneira de falar.
- In Brasile, commo si dice?
- Vai pra puta que pariu.
- Allora, vai a puttane.
- Não, é feio também.
- A unica soluzione è mandarti a quel paese.
- E que país é esse?
- É o cullo!

terça-feira, janeiro 25, 2011

Do que os floquinhos de cereais são capazes



O meu marido é daquele tipo que quando caminhamos pela rua ele faz questão de me dizer:
- Olha amor, um cocô.
Só posso responder:
- Que belo! De quem será?
Afinal saímos pra ver uma mostra de cocôs ao ar livre e nada mais justo que ele me indique todas as cacas que encontra.
- Mas você podia pisar e sujar esses lindos sapatos que te dei.
Não adianta explicar que estava a uma distância segura e provavelmente teria de desviar bruscamente pra poder topar com a merda nojenta. O estrago já estava feito: a imagem fica na cabeça e o olhar não resiste à tentação de procurar as lembrancinhas deixadas na calçada.

Para não perder o hábito, ontem à noite aconteceu mais uma cena repulsiva. Eu estava só o pó da raviola depois de um dia inteiro labutando com a casa e o pequeno TAZ.  Pedia a Deus somente cama, mas no meio do sono:
- Amor, descobri!!
Com muita má vontade, mas esperando ouvir uma notícia fantástica que revolucionasse nossa existência perguntei:
- Descobriu o que?
- De onde vêm os vermes.
Um despertar desastroso.
Antes um parêntese. Lembram-se do post Numa noite qualquer, num quarto de casal, diante do espelho? Pois é, aqueles cereais citados no texto foram esquecidos no fundo do armário porque alguém perdeu o estímulo em fez da barriga.  E se passaram quase dois meses. Um processo de envelhecimento aconteceu dentro da caixa que liberou os bichinhos da farinha. Essas pequenas larvas começaram a aparecer em grupos de quatro no teto da minha cozinha toda noite depois das dez. Era um mistério e ninguém conseguia descobri a origem. Acreditávamos em algum passarinho morto no telhado, mas por infelicidade a porcaria estava mais perto.

Enfim, a coisa era extremamente repugnante e o meu doce marido não podia esperar a manhã seguinte pra me contar. O que resultou em metade da noite limpando os armários e a outra metade sem dormir pensando em quantos daqueles vermezinhos foram parar nos meus mantimentos.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Instinto Assassino



 - Amor, vem aqui na cozinha.
- Fala.
- O que é isso?
- A torta que você fez.
- Não é uma simples torta. É uma crostata italiana e gastei horas pra fazer.
- Parabéns!
- Parabéns o escambau! E esse buraco aqui?
- Eu tirei um pedacinho.
- E usou os dedos em vez de uma faca.
- Parece.
- E o que você fez antes de enfiar a mãozona na minha crostata?
- Hum... tava no sofá.
- E depois passou no banheiro?
- Não.
- Usou um lencinho umedecido?
- Não.
-Pegou o álcool gel no armário?
- É claro que não, por que tanta pergunta?
- PORQUE EU QUERO SABER SE AS MÃOS QUE ESTAVAM COÇANDO O FURUNGO DA SUA BUNDA MINUTOS ATRÁS SÃO AS MESMAS QUE DEFLORARAM  A MINHA CROSTATA!!!

domingo, janeiro 23, 2011

Essa é velha mas tá superatual

Caras leitoras!

Queria vos presentear com uma crônica nova, mas hoje estou sobrecarregada, então retiro do baú uma velha que as novas seguidoras ainda não leram:

http://porquecontinuamoscasadas.blogspot.com/2010/09/afeicao-e-o-veneno.html

Um beijo e se divirtam.

sábado, janeiro 22, 2011

Efeméride de hoje



Na mesma pesquisa inglesa descobriram (Ohhhhhhhhhhhhhh!) que quinta-feira é o dia preferido da semana para os casais brigam. Não explicaram como chegaram a essa conclusão. Aqui em casa, reservamos o sábado para comemoramos nosso esporte preferido: o bate-boca. É quando passamos mais tempo juntos. No domingo almoçamos na casa da sogrete e gastamos um tempo considerável fazendo o social com os parentes.

O sabadão sertanejo é marcado com um X bem redondo (????) na folhinha pois nesse dia dá mais pendenga que chuchu na cerca. O maridofe tá em casa e colho a ocasião para cobrar os reparos domésticos e insistir que Papai Noel está exausto de escalar o telhado. Mas um pouco ele vai gritar: Ou me tirem daqui ou denuncio vocês por atentado violento ao pudor. É uma vergonha que as portas de fevereiro ainda conservem a decoração natalícia.

Final da tarde, vamos fazer supermercado e o alarme de estresse já disparou 600 vezes e anuncia que continuará aceso. Tento lembrar quando foi que joguei pedra na cruz pra merecer um fiscal no meu encalço cronometrando meus passos. Precisa ler a etiqueta de cada um dos produtos? Que demora pra escolher um tomate, dava pra plantar e colher duas safras! Só por curiosidade, quantos supérfluos ainda pretende colocar no carrinho?

À noite, o jantarzinho a dois ficou num passado longínquo e o máximo do romantismo que se vê na minha sala é o beijo da novela. O pequeno Taz tenta pela décima vez quebrar o último jarro que sobrou e algo parecido com um ser humano se joga no sofá escravizando o controle-remoto.

Enfim, descanso sabático? Não conheço o senhor. Muito prazer, sou a Bobry.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Vocês viram?



Pesquisa na Inglaterra mostra que casais brigam 312 vezes por ano. Tem alguma coisa errada. O total de dias correspondente a esse período não são 365 dias? Na minha conta ainda estão faltando 53 arranca-rabos.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Das duas, nenhuma


Maníaca conjugal. É aquela que morre de medo que seu casamento ande mal das pernas. Pratica o sincronismo religioso se protegendo dos maus-olhados com um santinho de São Rafael Arcanjo e dois vasos aberrantes na porta da casa com 15 quilos de sal grosso cada um. Prevenida, guarda na bolsa uma boia inflável em forma de coração pronta pra ser usada ao menor sinal de que a paixão está afundando. Não espera nem que se complete às 10.000 horas de uso exigidas para uma crise matrimonial decente.  Corre em busca de livros de autoajuda e testes de autoconhecimento. Fica feliz quando faz 120 pontos no “Você é uma boa esposa?”, mas se deprime com as perguntas do “Que tipo de mulher você é na cama?”.

Essa preocupação excessiva com a saúde da vida a dois é típica da minha amiga S1. Não pode nem ouvir falar em matrimônio desgastado ou rotina massacrante que faz o sinal da cruz, bate na madeira e esconjura: pé de pato, mangalô, três vezes. Há muito que perdeu o contato com a realidade intoxicada com a cor rosa do seu mundinho. Quando alguém começa a desfiar o rosário de lamentações sobre o marido, ela pede licencinha e vaza pela tangente, porque fracasso é contagioso.  Seu lema é: casei e daqui ninguém me tira.

Diferente da sua irmã S2. que nem se dá conta de que é casada. Continua a fazer sua vida de baladeira e está se lixando para quem ficou em casa. Nos seus cromossomos falta um gene que determina a formação do sonho “Felizes para sempre”. O distúrbio lhe provoca indiferença a qualquer crise ou debilidade do relacionamento.  Mas o melhor é que também paralisa os músculos e nervos do rompante feminino. Ela não chora, não se descabela e muito menos se sente o bicho da goiaba. No momento de um arranca-rabo, sua única intervenção se resume ao Vai se fuder  e ativa o stand by para permanecer só de corpo presente mas com a mente em outra galáxia.

Observando esses dois extremos da insanidade, percebo que me encontro a uma distância razoável da loucura.

terça-feira, janeiro 18, 2011

Do camarote VIP pro cercadinho xexelento

-Alô!
- Posso saber por que a senhora nunca mais me ligou?
- Oi amiga! Feliz ano novo pra você também.
- Ainda com essa história de que minha vida perfeita te esmaga?  Que meu salário é vergonhosamente alto, que meu marido lambe o chão por onde passo, que meu filho é um lorde das boas maneiras...
- Magina...
- E aí, me conta as novas. Te chamaram pra aquela entrevista?
- Sim.
- Que ótimo!
- Mas meu endereço residencial não era o que estavam procurando.
- Ah que pena! E o maridofe como tá?
- Não sei, é uma semana que a gente não se fala.
- Os homens são todos iguais. E o pequeno Taz?
- Agora tá em cima da televisão tentando escalar o ponto mais alto da estante.
- Que danadinho! Vou ter de desligar porque chegaram meus móveis novos. Não some, viu?
- Pode deixar....

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Conselhos sentimentais de Julia Roberts


Meu namorado me pressiona pra casar. O que fazer?
Considerar, recuar, abandonar.

Como aturar minha sogra que é uma cobra?
Fingir, esquivar, imunizar.

Acho que ele tem outra. Que atitude devo tomar?
Sondar, esbanjar, revidar.

Como obrigá-lo a demorar mais nas preliminares?
Sacanear, ameaçar, pagar.

Depois que eu dei, ele nunca mais me ligou.
Xingar,  danificar (o carro dele), dar (pra outro).

O que faço pra mudar o meu marido?
Desistir, conformar, navegar (nesse blog).

sábado, janeiro 15, 2011

Quem avisa, boa esposa é

- Mas aqui não é proibido estacionar?
- Bobagem. Qual é o guarda que vai passar a essa hora?
Na volta:
- Que coisinha esvoaçante é aquela ali presa entre os limpadores? São 127, 69 reais e cinco pontos e lá atrás vem o guincho.


- Não brinca de jogar o Taz pra cima que ele acabou de tomar leite.
- Deixa de ser chata. Não vai acontecer nada.
- Hugooooooooooooooooooooooo!!
- Diz aí, que gosto tem esse vômito de “nada” na cara?


- Que fedor! Será que você não consegue segurar um pum? Ainda vai se dar mal com essa mania nojenta.
- Tá me jogando praga mulher?
Tempos depois, numa viagem de ônibus com duração de 12 horas. Bem no comecinho.
- Já começou?!
- Ih, acho que botei muita força dessa vez. Vê aí se vazou alguma coisa?

sexta-feira, janeiro 14, 2011

O pequeno Taz

É uma criaturinha que rodopia pela casa destruindo tudo que passa pelo seu raio de ação. Consegue enfiar na boca os objetos mais estrambólicos. Emite grunhidos incompreensíveis numa linguagem que beira o limite da estranheza.

A mãe do Taz relembra que no passado reprovava o comportamento de seres semelhantes e censurava suas mamães por isso. Hoje se arrepende e faz cara de paisagem quando perguntam no parquinho quem é aquele menininho arteiro. Ela teme encontrar numa loja um cartaz da Associação dos Comerciantes recomendando a seus associados a proibição de sua entrada por questão de segurança. Quando imagina o futuro, ela também receia que nenhuma babá, professora e nem mesmo um monge budista será forte o suficiente para resistir à tentação de pregar seu filho na parede pelas orelhas.

Mas é somente à noite quando olha o pequeno Taz dormir com a mão do Mister Fedido na boca, que ela sorri porque finalmente pode dizer: “Não é um anjinho?”

quarta-feira, janeiro 12, 2011

Vai dar tempo

Corre! Só falta a escada. É de granito escuro. Não precisa caprichar, ninguém vai perceber. Isso, mais alguns degraus e vou ter meus minutinhos. Todos só pra mim. Trimmmmmmmmmmmmmm! Oi mãe! Tá tudo bem. Melhorou, tem só um pouco de catarro.  Não nasceram mais dentinhos. Sim, vou falar com o pediatra. Tenho de desligar, senão vai acordar ele.   BUÁÁÁÁÁÁÁ!  Eu sabia. Com um leitinho, talvez volte a pegar no sono. Olha o que mamãe preparou pra o bebezinho mais lindo. Que gostoso, bebeu tudinho, muito bem. Que cara é essa meu filho? Não, você não vai vomitar agora. Não, por favor! Hugoooooooooooooooooo!!! Argh! Que gosmento! Andou comendo sabonete de novo. Vamos lá, se for rápida, eu consigo. Primeiro, lavar todas as partes melecadas. Colabore, meu amor. Olha o patinho!! Quack, quack.  Depois, trocar a roupa. Não, não pode descer, vira pra cá, deixa o pintinho em paz. Ele vai crescer sem precisar puxá-lo. Pronto! Agora, limpar a sujeira. Chão, parede, móveis. Como um esguicho pode ir tão longe meu Deus. Taz, sai daí, não pode brincar com a caca. Para. Não coloca na boca. Ding dong! Bom dia, você já leu a bíblia? Eu... Você sabia que muitos leem e não entendem? Mas... Posso deixar esse livrinho com você? Pode... Depois eu volto pra discutir sobre o que tá escrito. Não, não! BUÁÁÁÁÁÁÁ! Que foi? Caiu? Bobagem. É caindo que se levanta. Vem cá, vou colocar o dvd da galinha pintadinha. Cócócóóóócó , cócócóóóócó, quem é que tem um monte de pintinhas?

 Senhor, te suplico, me dá cinco minutinhos. Obrigada!

Trinta segundos depois:

Bobry, cheguei!  Que tem pra comer, tô morrendo de fome.

terça-feira, janeiro 11, 2011

Ainda sobre roupas de baixo


Mas porque ninguém diz nada? Ficamos caladinhas, mudas como orquídeas numa estuva de jardim. Alguém precisa protestar. Tá demais! De uma hora pra outra o mercado foi inundado com produtos e serviços pra requentar casamento.  Personal Sex: 500,00 a hora. Só marcamos consulta com três meses de antecedência.

Outro dia uma amiga me apresentou umas calcinhas segura-marido. Me deu uma gastura só de imaginar usando aquilo. A frente era tão grande quanto o selo postal do Vaticano e atrás tão confortável quanto usar uma lixa de unha. Pensa que se o meu ginecologista me visse nesse estado me denunciava por maus-tratos aos animais, no caso a passarinha.

E o bofe, largado no sofá, vestindo uma samba-canção com a escrita Feliz 1995, está tão preocupado com crise matrimonial quanto pinto no lixo. Uma mão no controle-remoto e a outra que verifica se os pentelhos de hoje eram os mesmos de ontem.

Vejo essa cena triste e filosofo: como é fácil montar na bufunfa com o desatino alheio.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

O uso dos advérbios de frequência no casamento

- Você me ama?
- Às vezes.

- E aí, chegou lá?
- Quase.

- Tem alguma conta pra pagar?
- Sempre.

- A gente vai parar de brigar?
- Nunca.

domingo, janeiro 09, 2011

Roupa suja se lava em casa e também nos blogs


- Você já percebeu uma coisa?
- O quê?
- Eu coloco a roupa na máquina de lavar a cada oito dias.
- E daí?
- OITO dias. E encontrei só CINCO cuecas.
- Você está me controlado querida?
- Não, é apenas uma pequena observação sobre higiene pessoal.


- Fica gostoso depois que se aprende.
- Vou tentar.
- Você começa pelo pescoço.
- Sim.
- Depois vai para as costas.
- Humhum.
- Passa pelos braços. Não esquece os pulsos.
- Tá bom.
- E por último na frente e na parte posterior.
- Ok!
- Agora você já sabe passar as camisas do meu filho.


- Que roupa é essa?
- Um short jeans customizado com florzinhas e uma camiseta regata com detalhe em strass.
- Não foi isso que perguntei.
- O que foi então?
- Pra onde você vai vestida assim? Trabalhar no baixo meretrício?
- Não, lá já estão todas as barangas da sua família e eu não pratico concorrência desleal.

sábado, janeiro 08, 2011

Que delicadeza!

Só pra não fugir do tema entomologia (vide post precedente), a libélula é a única  que sempre faz amor com o coração.


sexta-feira, janeiro 07, 2011

Sobre o casamento e outras paranóias


Queria abrir meu coração e também soltar o verbo. Meu fim-de-ano teve um começo desastroso. Fomos convidados pra uma ceia de última hora (alguém desistiu e nos escolheram como segunda opção). Dando a precedência a tantas otras cositas, só saímos pra comprar um vestido às cinco da tarde, quando o shopping fechava às seis e as lojas 15 minutos antes. Não podia faltar uma pavorosa discussão conjugal nessa combinação de horários. E como fundo musical, uma voz sádica “estamos encerrando nossas vendas, pedimos a gentil clientela para dirigir-se ao caixa”. Conclusão: uma roupa-nova que permanecerá sempre nessa condição.

Queria escrever também sobre meu delírio voluntário. Imaginei uma terapeuta de casal pousando na minha casa no último dia do ano. Recolhia histórias in loco para seu novo livro. Enquanto fingia ser invisível (para alguém que realmente não existe), a criatura analisava atentamente o cenário: um típico exemplar do sexo feminino que voa do banheiro pra cozinha e prepara papa e passa rímel e veste meia e troca fralda e um macho fixado na frente do computador que grita Ainda não está pronta? A doutora diria adeus com o titulo já pronto: Os homens são de mármore, mulheres são de vento.

E queria contar como no quarto dia na nova década já tínhamos cravado um novo recorde na modalidade luta livre: seis horas se debatendo sobre quem já havia feito mais pelo outro. Para o combate ser mais justo, deveria existir uma tabela com os pontos dados a cada renúncia: deixar o trabalho - 100 pontos, mudar de país – 200 pontos, abrir mão das férias para estar com a sogra - 20 pontos. Nos minutos finais saíamos das corriqueiras banalidades para um nível de discussão mais elevado:... e  procure um bom advogado. Eu já tenho o melhor!

Queria fazer tudo isso, mas devo dizer que passei os dias seguintes me sentindo assim:

o bicho da goiaba.

Então, eis que abro o blog e me deparo com uma enxurrada de visitas e divertidos comentários graças a matéria (http://vilamulher.terra.com.br/por-que-continuamos-casadas-3-1-30-762.html#) escrita pela Ana Paula. Obrigadíssima!!

 Deus existe e eu não sou bipolar.

terça-feira, janeiro 04, 2011

Essa é pra acabar com os bons propósitos de 2011

O rapaz para no sinal. A mocinha estaciona do lado. Ele abre a janela. Ela, empolgada, também abre a sua. Ele pergunta: Você também fez um pum?
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