quarta-feira, agosto 03, 2011

Por que alguns restaurantes proibem a entrada de crianças?

Quase nunca faço isso, mas hoje venho dar explicações sobre o post anterior. Realmente a história aconteceu . Depois de meses de ponderação, a família resolveu arriscar e saímos todos os três para jantar fora. Como sempre estávamos receosos,  "Vai ver que ele se comporta mau porque não é acostumado a ir a restaurantes", "Pode ser, vamos tentar". E assim, passei a noite falando com as paredes e o meu marido correndo atrás do pequeno Taz para que ele não causasse danos a si e muito menos aos outros.

O que dá origem a segunda verdade da história, realmente existem restaurantes, assim como hotéis e companhias aéreas que só aceitam clientes acima de 18 anos. São  os chamados "adults only". Talvez no Brasil isso não seja muito comum porque os pais têm mais chance de deixar o filho com um parente, com a babá ou com outra pessoa de confiança para poder sair à noite num programa a dois. Mas na Europa e Estados Unidos não é barato nem fácil encontrar esse alguém disponível. Então acontece de se ver nos restaurantes mais caros da cidade carrinhos de bebês sendo empurrados entres fileiras de mesa com toalhos de linho e arranjos de flores do campo. Na melhor das hipóteses eles dormem, na pior vocês podem imaginar a satisfação dos outros frequentadores.

Então, se em uma viagem internacional você topar com um desses adesivos na porta de entrada saberá o significado:




Alguns são mais diretos e escrevem: "Não se toleram crianças gritando" ou "Nós amamos as crianças, mas as mantenham nas suas mesas".




Sobre o assunto um jornalista italiano escreveu o seguinte : "é um problema velho que nunca sai de moda", e acrescenta que a culpa não é dos bambini que não foram feitos para estarem por horas sentados à mesa, mas sim dos  pais que agem como se estivessem na sua própria casa. Confesso que também pensava dessa forma antes de ser mãe. Acreditava que o comportamento vivaz (bom esse eufemismo) do filho era fruto de genitores mal-educados e me perguntava "Mas por que não acorrentam essa peste no pé da cadeira?". Simplesmente porque podemos ser denunciados ao Conselho Tutelar.

Como a condescendência com a algazarra infantil não é uma qualidade que as pessoas levam na bolsa quando saem para se divertir e não se vê amiúde locais com áreas de playground onde podemos descarregar os filhos, temos duas alterntivas: ou pedir uma pizza ou sair e se benzer dos maus-olhados.

3 comentários:

  1. Muito legal saber. Mas eu confesso que antes de ter meu filho tb ficava irritada com aquele tipo gritão e que fica correndo, puxando a toalha de sua mesa, enfim, os exagerados. Hoje nem ligo, mas o meu, uma única vez deu vexame. Foi até a mesa do buffet e pegou com a mão um pão de queijo e o garçon, gentilmente disse que podia pegar. Levou um puxão de orelha verbal de minha parte, mas minutos depois foi lá de novo e pegou dois pães, dizendo que um era para mim. E quando falei que não devia ter pego e que eu não havia pedido pão de queijo, foi e devolveu, com as mãos. Fiquei embaraçada e tratei de segurá-lo em meu colo até terminar a refeição. Claro que na hora todo mundo me olhou com ares de censura.

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  2. Tenho duas menos vivazes, mas igualmente dão trabalho no sistema dose dupla e eu nem saio, quando saio me arrependo e antes de sair me benzo 7 vezes.
    Já perdi muito almoço e jantar show de bola e não me perdoo, mas eu não consigo conversar com a parede ou largar o prato e ir direto no caixa pagar emputecida sem antes pensar direito se vale a pena. Eu desisto.

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  3. Obrigada meninas pelos comentários. Me sinto melhor ao saber dos perrengues alheios. Bjs

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