sexta-feira, janeiro 07, 2011

Sobre o casamento e outras paranóias


Queria abrir meu coração e também soltar o verbo. Meu fim-de-ano teve um começo desastroso. Fomos convidados pra uma ceia de última hora (alguém desistiu e nos escolheram como segunda opção). Dando a precedência a tantas otras cositas, só saímos pra comprar um vestido às cinco da tarde, quando o shopping fechava às seis e as lojas 15 minutos antes. Não podia faltar uma pavorosa discussão conjugal nessa combinação de horários. E como fundo musical, uma voz sádica “estamos encerrando nossas vendas, pedimos a gentil clientela para dirigir-se ao caixa”. Conclusão: uma roupa-nova que permanecerá sempre nessa condição.

Queria escrever também sobre meu delírio voluntário. Imaginei uma terapeuta de casal pousando na minha casa no último dia do ano. Recolhia histórias in loco para seu novo livro. Enquanto fingia ser invisível (para alguém que realmente não existe), a criatura analisava atentamente o cenário: um típico exemplar do sexo feminino que voa do banheiro pra cozinha e prepara papa e passa rímel e veste meia e troca fralda e um macho fixado na frente do computador que grita Ainda não está pronta? A doutora diria adeus com o titulo já pronto: Os homens são de mármore, mulheres são de vento.

E queria contar como no quarto dia na nova década já tínhamos cravado um novo recorde na modalidade luta livre: seis horas se debatendo sobre quem já havia feito mais pelo outro. Para o combate ser mais justo, deveria existir uma tabela com os pontos dados a cada renúncia: deixar o trabalho - 100 pontos, mudar de país – 200 pontos, abrir mão das férias para estar com a sogra - 20 pontos. Nos minutos finais saíamos das corriqueiras banalidades para um nível de discussão mais elevado:... e  procure um bom advogado. Eu já tenho o melhor!

Queria fazer tudo isso, mas devo dizer que passei os dias seguintes me sentindo assim:

o bicho da goiaba.

Então, eis que abro o blog e me deparo com uma enxurrada de visitas e divertidos comentários graças a matéria (http://vilamulher.terra.com.br/por-que-continuamos-casadas-3-1-30-762.html#) escrita pela Ana Paula. Obrigadíssima!!

 Deus existe e eu não sou bipolar.

8 comentários:

  1. oie!! vi o seu blog nessa matéria do Terra, adorei!!
    parabéns!
    Eu tb tenho um blog, ele é mais voltado para o emagrecimento.
    bjos.

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  2. Olá!! Vi seu blog na matéria do vila mulher, amei...Não tenho palavras..No momento estou passando por uma fase terrível...Já estou cansada de todo mundo falar "isso é normal" "isso passa", mas ninguém sabe realmente o que esta acontecendo realmente!! Mas quando li seu blog sentir algo q nao sei explicar, vc fala de um jeito que deixar uma situação chata se tornar engraçada!!rss Vou passar todos os dias aki... :D OBRIGADA.. ( vc tem msn ou orkut?)Flávia Teixeira

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  3. Oi Flavinha! Me manda um e-mail com o seu msn pra eu te adicionar. Bjs.

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  4. Olá! Também vi o blog no vila mulher e ADOREI.Estou divorciada a pouco tempo mas com fui casada por 20 anos também tive algumas "perólas" na minha vida. Amei o seu senso de humor,ri muito e agora com certeza sou sua fã e leitora assidua.

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  5. Magine, flor, o blog é bom, merece destaque!

    Bjs!

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  6. Amei,seu blog ,passo por td isso ,cheia de problemas mas quando olho o maridinho preparando algo pronto e minha Taz dormindo vejo que vale muito a pena de viver nessa loucura de vida feliz!!

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  7. Querida,

    Vi seu blog no Vila mulher, acho que é o que estou precisando.Das minhas amigas, várias são casadas. Existe aquela muito feliz, aquela que obedece fielmente o marido, aquela que não fala nada... E eu, frustradíssima pessoalmente e profissionalmente. Meus dias são terríveis...E ainda tem a sogra. Mais terrível ainda.

    Me ajude,
    Beijos.

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