quinta-feira, maio 19, 2011

O tickling


Era por volta das onze e meia quando os últimos neurônios ainda acordados disputavam no palitinho quem ia apagar a luz. A família estava deitada. Ele com sua calça moletom “crio o bicho solto” e uma camiseta “sou o xodó do papai”. Ela vestida do tipo “não quero ser sexy, tou com sono”. Entre os dois, atravessado como o homem vitruviano de Da Vinci, o pequeno Taz ressonava com seu pijama cor sim, cor não.

♪Joga pedra na geni. Ela é boa pra apanhar, ela é boa pra cuspir.♪
- Ei, leitores, calma aí. Isso dói.  Daqui a pouco o Taz vai pra sua caminha. É o só o tempo dele se adormentar. Não pensem que o deixamos dormir toda a noite ali.  Não somos tão politicamente incorretos assim, só um pouquinho vai.

Bem, como ia dizendo antes da interrupção, nada no mundo faria pensar que dali a pouco faíscas incandescentes irradiaram naquele quarto. E não irradiaram mesmo. Estamos treinando para o campeonato mundial de casal mais desenxabido! Alguma coisa contra? Não, que bom. Já falamos sobre apimentar um relacionamento em Ainda sobre roupas de baixo e No tempo do beijo. Querem retomar o assunto? Então sejamos originais dessa vez. Sugestões?

- Eu, eu, eu, responde o neurônio que perdeu a aposta. - Vocês podem tentar o tickling.
- Ti o quê meu filho?
- Tickling. É um jogo erótico em que a pessoa se excita observando ou fazendo cosquinha em outra.
- Como é que é?
- A mulher fica com os pés e mãos amarrados e o homem fica passando uma pluma nas partes mais sensíveis como as axilas, barrigas, coxas e palma dos pés.
- Mas isso é tortura!
- Ah, deixa a mão de ser careta. Experimenta, vai.
- Tá, e depois devo ficar dando as orientações. Mas pra direita. Isso, um pouquinho mais embaixo. Aê! Agora devagar, devagar que tá vindo. Hahahaha!! Hehehehe!! Hihihihi!! Uhhh... gozei!
- É... assim é sem graça.
- Melhor deixar essa palhaçada pra lá e ir dormir. Boa noite e não esquece de apagar a luz.

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