quinta-feira, abril 07, 2011

Sem nojo de ser feliz


Pretendia escrever um post sinistro sobre um tema que dá pano não só pra manga como também colarinho, punho, bolsos e afins. Mas estou deprimida e receio que farei um belo montinho de caca com minhas palavras. Sendo assim, senhores passageiros apertem o nariz. O motivo do meu estado de ânimo? Voltei do dentista com uma péssima notícia. Estou com gengivite, em estágio inicial, mas ainda assim é gengivite. E eu com isso? Dirá um leitor apressadinho. E eu o mandarei cagar porque a minha depressão vem acompanhada de um estresse básico, o que me permite ser um tantinho indelicada também.

A minha tristeza não é por conta da conta do dentista. Seria se não fosse pelo fato de que eu me gabava pela minha excelente higiene bucal enquanto meu marido ficava no limite do mínimo indispensável. Faço minhas consultas regularmente e ele vai ao médico só de caju em caju. Mas quem é sempre premiada com algum mal-estar trivial?  Eu, a mulher que vos escrevo. E daí? Daí, caro leitor, que se continuar a me interromper vou ser obrigada a elevar o meu nível de baixaria.

Prosseguindo, quando você se casa, quer queira quer não (e nesse caso o querer se refere tanto ao casar como à situação seguinte), você recebe da sua sogra o encargo de controlar os hábitos saudáveis do filhinho dela, como cortar as unhas, aparar os pelos do nariz, lavar os cabelos com xampu, usar um desodorante para os pés. E não é uma tarefa prazerosa, do tipo Amor, passa vai, passa um talquinho. É tão excitante!  

Ao contrário. É desgastante, frustrante e irritante e você acaba por recorrer a estratégias pouco românticas do tipo: Hum, que cheiro é esse?  E se ainda assim, ele der uma de desentendido, o jeito é apelar pra linguagem masculina mesmo. Escuta aqui meu irmão, teu bafo de onça ta espantando até as moscas. E esse seu chulé ta mais pra fossa biológica. O que qui é? Descobriram que o uso de anti-séptico tá furando a camada de ozônio é?
           
Depois de descrever esse dever inglório que o casamento nos reserva, desembarcamos aqui. Não fiz uma camisa com meu post, mas dei uma sacudida na minha deprê. Quanto ao montinho de caca, decidam vocês. E tu, leitor atrevido, quietinho da próxima vez, que déficit de paciência se cura abrindo os dentes, escovadinhos, claro.

7 comentários:

  1. olá Bobry! me tornei uma leitora fiel em seu blog, é incrivel o que vc escreve sobre a vida de casada, é ralmente o que toda mulher vive, as vezes chego a pensar: será que ela mora na minha casa!!!! kkkkkk.
    parabéns. bjs Josi

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  2. Oi Bobry!!! visito seeeeempre esse diário que eu não escrevo. ou escrevo?? estou cada dia mais interessada nessas suas confissões que mais se parecem com meus desabafos!!!
    beijinhos!!!

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  3. Procuro noticias do caro leitor, Ele está bem?

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  4. Acho que meu caro leitor continua por aqui, rondando, pra saber o que a gente falando dele. kkkkkkkk!!

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  5. OI BOBRY,,, SIMPLESMENTE AMO SEU BLOG...PASSO AQUI TODO DIA, MAS VOCÊ TÁ DEMORANDO A POSTAR...DEVE TÁ OCUPADA COM ESSA VIDA CORRIDA DE CASADA!!!!!!!!! IMAGINO...

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  6. Cristina, menina, não sabe os pulos que eu dou para postar...kkkkkk!! Quando eu tiver demorando muito, leia os posts mais antigos. Tem mais de 90, e são divertidos.

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  7. Ninguém precisa continuar casado porque se casou um dia. A cabeça das pessoas muda. E não ha razão para não aceitar a mudança.

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