sábado, setembro 18, 2010

Mea culpa

Hoje nós vamos falar de culpa. É, sim, ela própria. Um dos principais motivos porque minha cara amiga C. não vira a pagina da sua vida. Ela sempre foi a mais simpática de todas as garotas. A adorável C. sorri até para as árvores. Quiçá por isso, não quer sair de vilã na historia. Eu ficaria tão feliz se ele tomasse a iniciativa. Assim, todo o peso da responsabilidade pela ruptura cairia sobre os ombros dele. Já pensou, seria bem mais fácil responder aos filhos. Mãe, por que você se separou? Ah, filho foi seu pai quem quis. Os filhos, eu sei, esses são a nossa razão mor. Falaremos deles em um futuro próximo.

A culpada por não romper o relacionamento é a culpa. Eu me pergunto será que homens sentiriam esse remorso se fossem eles a abandonar o navio que está afundando? Porque parece que é um sentimento tipicamente feminino. Culpamo-nos por não sermos gostosas suficientes (assim nos matamos nas academias e nos regimes), por não sermos boa mãe (todo o amor e atenção nunca são suficientes), até o nosso salário maior do que o dele incomoda a consciência.

Ainda que a culpa seja tão grande não é o suficiente para que os maridos deixem de nos atormentar. Segundo a brilhante dedução masculina, em 90% dos casos é a mulher quem começa a briga. Isto porque não se pode discutir a relação cortesmente, sorvendo uma xícara de chá. Há de sempre precipitar em um feroz bate-boca. Portanto se um problema te aflige, permaneça no silêncio. É preferível a companhia da angústia a ser a causadora das desavenças do casal.

Uma última coisa: me isento de qualquer responsabilidade pelo dano que este texto possa causar.

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